Nesta semana, inclusive, o secretário estadual de Infraestrutura, Beto Albuquerque, anunciou que o governo estadual pretende devolver à União diversas rodovias que, originalmente, pertencem ao governo federal. A RSC 470 é uma delas. Adamoli saudou a iniciativa da região e disse que o pedido da Amesne vai de encontro à pauta do governo estadual. 

 

- Estamos na busca da federalização dessa rodovia (RSC 470) muito importante – afirmou Adamoli, lembrando que é possível conectá-la às BR’s 290, 386 e 116,criando uma espécie de anel viário.

 

Caso ela fosse realizada integralmente, indo até Camaquã, a 470 seria capaz de conectar os portos de Rio Grande e Itajaí, em Santa Catarina, passando pelo Pólo Petroquímico de Triunfo. Detalhe: sem necessitar entrar na região metropolitana de Porto Alegre.

 

O deputado estadual Ronaldo Santini (PTB) alertou que o primeiro passo é incluir a federalização da 470 no Plano Nacional de Viação (PNV). No ano passado, Santini, quando ainda assessorava o então senador Sérgio Zambiazi, solicitou ao Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (DNIT) um estudo abrangente, envolvendo os aspectos técnicos, econômico e ambiental dessa incorporação à malha federal.

 

- Esse (a federalização) é o caminho, sem sombra de dúvidas – ressaltou o deputado estadual.

 

Santini também apresentará um requerimento ao Ministério dos Transportes, pedindo a realização de uma audiência pública em Veranópolis. A presença do ministro Alfredo Nascimento é cogitada nesse encontro. O deputado estadual ainda propôs o lançamento de uma campanha, alicerçada na coleta de assinaturas para reforçar o pedido de federalização. 

 

O deputado federal José Luiz Stédile (PSB), presidente da comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados, seguiu a mesma linha, dizendo que somente a União tem recursos para as obras de melhorias que a RSC 470 necessita. 

 

- Se o Brasil, com o crescimento econômico, não se preocupar com a infraestrutura das estradas, vai parar – disse Stédile. 

 

O presidente da Amesne, Waldemar De Carli, observou que a entidade tem ciência de que a pauta de reivindicações é extensa e antiga. 

 

- Sabemos que não dá para atender a todos, mas gostaríamos que fossem colocadas (as reivindicações) para serem contempladas ao longo do governo Tarso Genro – declarou De Carli, referindo-se à todas as solicitações, incluindo o pedido que o governo estadual apóie o projeto de federalização da RSC 470. 

 

 

 

Os prefeitos de Santa Tereza, Diogo Siqueira, e de Anta Gorda, Vanderlei Moresco, apresentaram o projeto de interligação das cidades via estradas municipais. O trajeto, de 61 quilômetros, engloba também as cidades de Doutor Ricardo, Encantado, Muçum e Roca Sales. 

 

- Estamos de costas um para o outro apesar de estarmos tão próximos – afirmou Moresco, destacando o potencial turístico de ambas as regiões.

 

Em parceria, os seis municípios fizeram o projeto de engenharia e topográfico. Agora, o objetivo é incluir a obra no orçamento da União, via emenda da bancada gaúcha no Congresso. O orçamento é estimado em R$ 61 milhões.

 

 

 

Além dos pedidos acima descritos, a carta entregue pelo o presidente da Amesne, Waldemar De Carli, ao chefe de gabinete do vice-governador, José Antônio Adamoli, também estão os seguintes pontos: 

 

- Continuidade do trabalho de asfaltamento da RSC 126, entre Ibiraiaras e Nova Araçá;

 

- Recapeamento imediato da RSC 470, de Nova Prata a Carlos Barbosa, e da ERS 324, de Nova Prata a Nova Araçá;

 

- Término do projeto de engenharia para asfaltamento das ERS 437 e 448, ligando Nova Roma do Sul, Antônio Prado e Vila Flores; 

 

- Ligação asfáltica da RSC 359 entre Cotiporã e Dois Lajeados;

 

- Ligação asfáltica entre Vista Alegre do Prata e Nova Prata.