Amesne entrega relatório para UFRGS sobre instalação de campus

 A Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne) apresentou o relatório para embasamento da instalação do campus da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) na Serra Gaúcha. O evento aconteceu na quinta-feira, dia 5, no Farina Parque Hotel, em Farroupilha.

 

O material trouxe detalhes sobre as potencialidades socioeconômicas da região, além de informações sobre a atual oferta de cursos e instituições de ensino superior na Serra Gaúcha. Outro item constante no relatório é um detalhamento das três audiências públicas realizadas, no ano passado, em Caxias do Sul, Bento Gonçalves e Veranópolis.

 

Também foi anexado um perfil das cinco cidades que se candidataram a receber o campus da universidade: Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Farroupilha, Garibaldi e Veranópolis. Algumas sugestões de cursos, apresentadas oficialmente por entidades como a Fepagro/Serra e Emater, além das propostas nas audiências públicas, estão incluídas no relatório. 

 

O presidente da Amesne, Waldemar De Carli, disse que a entidade respeita as movimentações de cada município para levar o futuro campus. Porém, pediu união aos integrantes da agremiação.

 

- Estamos lutando para trazer a universidade para a Serra Gaúcha. Esse é o objetivo primordial – afirmou.

 

De Carli ainda declarou que a escolha do local acontecerá no “momento oportuno e adequado”. Conforme o presidente, o relatório entregue pretende fornecer subsídios para que a universidade tome as suas decisões e que o material está aberto a novas contribuições.

 

O deputado federal Assis Melo (PCdoB) destacou a mobilização nas audiências públicas e a importância desses eventos.

 

- Isso (as audiências) foi a marca principal dessa questão. É uma bandeira que mobilizou a região como um todo e a sociedade.

 

Além disso, o parlamentar ressaltou que é fundamental definir o perfil de universidade que a região quer e precisa para apenas no final definir-se o local da instalação.

 

Projeto político-pedagógico é a próxima etapa

O vice-reitor da UFRGS, Rui Vicente Oppermann, frisou que a Amesne permanecerá como interlocutora do processo. Ele afirmou que a sua maior preocupação é construir o projeto político-pedagógico.

 

- O local é o menos importante. O campus pode ser instalado em qualquer município e vai dar certo, porque a região tem um grande potencial.

 

Oppermann ainda esclareceu que o futuro campus deverá ser temático. Ou seja, focado nas necessidades e capaz de desenvolver as potencialidades da região. Outro fator esclarecido pelo vice-reitor é que, em um primeiro momento, a UFRGS descarta a instalação em mais de um município. Segundo ele, até pode ser possível deixar estabelecidas possíveis expansões, mas que o Ministério da Educação exige uma proposta factível do ponto de vista financeiro e de recursos humanos. Oppermann adiantou que o futuro campus “certamente passará por inovação e tecnologia”.

 

O vice-reitor ainda saudou as audiências públicas e o relatório da Amesne como fundamentais para a construção do projeto a ser apresentado ao Ministério da Educação:

 

- Encerrou-se a etapa das consultas às comunidades. Tem o trabalho de definir o projeto político-pedagógico. Ela é absolutamente essencial e não podemos errar.

 

O relatório elaborado pela Amesne estará disponível, até o final do dia, no site da entidade (www.amesne.com.br)

Postado dia 05/01/2012